Eu sempre gosto de dizer sobre a
intenção que aproxima-nos da fé. A conquista de cada novo dia é mesmo um
notável motivo para nos deter a atenção. Não há nada tão milagroso, mas
percebido com admiração. Eu fui um homem renomado, respeitado, nobre. Eu vi
muita gente querer o que eu tinha, mas nunca me perguntaram como conquistei tudo.
Naquela ocasião eu mesmo não indagava sobre tais reflexões. Estava imune no decrépito
mundo que me rodeava. Eram dias mais nublados, outros mais chuvosos, outros
mais ensolarados, neutros e assim, permitia-me seguir nas tarefas profissionais.
Eu reparti o pão muitas vezes, não descriminava o pobre, o rico, ou reclamava
do inverno ou do verão. Era um entusiasta. Comia e bebia a mesa junto com
amigos. Negros dias eram as aflições que às vezes se apresentavam. Mas o
despejava para fora de meus pensamentos. Era uma loucura tratar de tantas
recordações infindáveis e cheias de sentimentos. Eu apodrecia impetrado nas
circunstâncias das adversidades ocasionadas pela guerra. Eu tratei de muita
gente. Eu não perguntava. Eu fiz dos meus dias uma missão de salvamento. Eu corrigia
alguns erros e tentava me manter correto nas diversas situações. Eu gostaria de
ter sido melhor. Ter feito mais e ter ajudado mais. Eu não brincava, embora
risse de muita coisa. Eu gostava de encarar tudo com alegria e suavidade. Eu fui
honesto e cordial, um bom médico especialista. Estou agora livre para comemorar
tantas reverências ao Bom Pastor. O Pai me trouxe para externar a virtude da
caridade ao próximo, que deve começar do coração.
Anselmo Milagros – 15/09/2013 – 15h40min
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