quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Um Médico na Guerra e na Paz

Eu sempre gosto de dizer sobre a intenção que aproxima-nos da fé. A conquista de cada novo dia é mesmo um notável motivo para nos deter a atenção. Não há nada tão milagroso, mas percebido com admiração. Eu fui um homem renomado, respeitado, nobre. Eu vi muita gente querer o que eu tinha, mas nunca me perguntaram como conquistei tudo. Naquela ocasião eu mesmo não indagava sobre tais reflexões. Estava imune no decrépito mundo que me rodeava. Eram dias mais nublados, outros mais chuvosos, outros mais ensolarados, neutros e assim, permitia-me seguir nas tarefas profissionais. Eu reparti o pão muitas vezes, não descriminava o pobre, o rico, ou reclamava do inverno ou do verão. Era um entusiasta. Comia e bebia a mesa junto com amigos. Negros dias eram as aflições que às vezes se apresentavam. Mas o despejava para fora de meus pensamentos. Era uma loucura tratar de tantas recordações infindáveis e cheias de sentimentos. Eu apodrecia impetrado nas circunstâncias das adversidades ocasionadas pela guerra. Eu tratei de muita gente. Eu não perguntava. Eu fiz dos meus dias uma missão de salvamento. Eu corrigia alguns erros e tentava me manter correto nas diversas situações. Eu gostaria de ter sido melhor. Ter feito mais e ter ajudado mais. Eu não brincava, embora risse de muita coisa. Eu gostava de encarar tudo com alegria e suavidade. Eu fui honesto e cordial, um bom médico especialista. Estou agora livre para comemorar tantas reverências ao Bom Pastor. O Pai me trouxe para externar a virtude da caridade ao próximo, que deve começar do coração.

Anselmo Milagros – 15/09/2013 – 15h40min

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