segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Prudenciana

Prudenciana Aguiar Paiva ou Prudenciana Umbelina de Aguiar Paiva era natural de Santo Antonio do Amparo, província de Minas Gerais, residente na Fazenda da Cachoeira. Filha de João Ferreira de Aguiar e Cândida Umbelina de Paiva. Contraiu Matrimônio com seu tio, o comendador Vicente Ferreira de Paiva, segundo casamento deste. Do enlace teve os seguintes filhos: Vicente de Aguiar Paiva, Cândida de Aguiar Paiva, Emygdia de Aguiar Paiva, Olegária de Aguiar Paiva, Maria do Carmo de Aguiar Paiva (falecida ainda criança e sem registro na lápide), Lavínia de Aguiar Paiva, Joanna de Aguiar Paiva, e José Pedro de Aguiar Paiva. (LARA; CARVALHO, 2005; BRAVO, 1998). “Prudenciana Aguiar Paiva faleceu no Alegre, na fazenda Paraíso, em 22 de janeiro de 1904, sendo enterrada no cemitério da Fazenda São Luiz” (BRAVO, p.132, 1998).

Cândida Umbelina de Paiva ou “Vovó Candinha”, cuja devoção religiosa e generosidade junto aos desprovidos da região fizeram dela uma figura emblemática e carismática, tanto que perdura a crença de milagreira ou intercessora junto a Deus.

Influente chefe político do nascente município de Alegre do século XIX, o comendador Vicente Ferreira Paiva, era proprietário de muitas terras da região, entre elas a fazenda Paraíso, Pombal e São Francisco do Alegre. Seu irmão e sogro pelo casamento e falecimento da primeira esposa Policena Ferreira Paiva, o Major Misael Ferreira Paiva considerado o soberano na política do distrito Alegre do século XIX – pertencente à Cachoeiro de Itapemirim, possuía propriedades na região, em Minas Gerais e Rio de Janeiro. (LARA; CARVALHO, 2005; BRAVO, 1998)

Prudenciana foi sepultada no cemitério das propriedades de domínio do clã Ferreira Paiva, em posse do Major Misael que “No Alegre implantou a Fazenda São Luiz, nas nascentes do córrego São Bartolomeu, que lhe pertencia, em águas vertentes, até o desaguadouro no Rio Itapemirim” (BRAVO, p.109, 1998). A Família Ferreira Paiva se caracteriza pela tradição dos casamentos interparentais e o fervor religioso católico. 

“(...) O hábito de clã fechado e os arranjos matrimoniais visavam perpetuar não só as práticas morais e religiosas da família, como, de resto, conservar a posse das terras no seio do mesmo grupo” (LARA; CARVALHO, p137, 2005)


Referências bibliográficas:
LARA, Mário; CARVALHO, Márcia Paiva. Nas Trilhas do Jangada. Belo horizonte: Lastro Editora, 2005.

BRAVO, Carlos Magno Rodrigues. Nossas Raízes – O Alegre até o ano de 1920: fatos e biografias. Alegre-ES, 1998. 

*Capítulo extraído do artigo “A Serpente do Túmulo Acorrentado”, o documentário do mito de Alegre-ES: uma abordagem antropológica cultural.

2 comentários:

  1. Bom dia.
    Sou descendente dos Ferreira de Paiva. Gostaria, se possível, de ver mais fotos, incluindo da corrente. Obrigado.
    Gustavo Gama.

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    1. Olá, Gustavo! Contate-me pelo email do blog palcodomito@gmail.com >>> para que eu possa lhe enviar mais informações! Ok! Att.

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